Babaquice emocional

A madrugada é inspiradora. Ainda mais de um domingo. Ótimo momento pra estrear no blog. Pra começar quero explicar o porquê do nome. Doidas & Santas é um livro de crônicas da Martha Medeiros, onde ela retrata o universo feminino, com todos seus dilemas, alegrias, neuroses, prazeres, frustrações... Coisas que a gente conhece bem (embora nem sempre entenda). E já que o blog vai falar exatamente disso, o nome se encaixou perfeitamente! Ok, explicado! E se alguém quiser ler, fica a dica.

Agora, como uma boa mulherzinha, também quero falar um pouco de relacionamentos. Eu odeio joguinhos! É isso mesmo, essa babaquice emocional que as pessoas (leia-se: homens) adoram fazer. E que, pra não sermos “descartadas”, precisamos fazer também. É inadmissível que as pessoas tenham que fingir, ao invés de simplesmente serem transparentes. O coração acelerado, aquele embrulho no estômago, as mãos suando, os pés inquietos andando de um lado para o outro, aquela vontade louca de ligar, mandar uma mensagem, só pra dizer que sentiu saudades, e tudo que a gente pode fazer é... esperar. E não venham me dizer que isso é coisa de mulher sem atitude, porque não é verdade. Se a gente procura, o cara já não dá tanto valor, acha que ta fácil, que não precisa se dedicar. Quem viu o filme deve estar pensando: é porque “ele não está tão afim de você” (aliás, ta aí outra dica, mas muita cautela em decidir assisti-lo porque é uma realidade cruel e nem todas estão preparadas para suportar, ou então pegue seu chocolate e chame alguma amiga). Continuando, ele pode estar afim sim e mesmo assim os joguinhos serão feitos. Que medo é esse de se entregar? De se expor? De mostrar interesse? De ser frágil? Seria tão bom se conseguíssemos falar dos nossos sentimentos abertamente, e mais ainda, se conseguíssemos agir com o coração e não só com a razão, apesar de todo o risco que venha junto a isso. Quem não se entrega e não entra de cabeça num relacionamento, não é capaz de usufruir de tudo aquilo que ele oferece e por mais que tu possas sofrer muito, vai ser bom. As pessoas só aprendem vivendo e isso inclui sofrer também. É isso que vai nos fazer pensar, refletir, para então poder avaliar o quanto aquilo foi importante e evoluir. Parece contraditório que, nos dias de hoje, as pessoas que se permitem chorar, que acreditam em sonhos, que dizem verdades, são as consideradas loucas. Nem todas as relações serão um mar de rosas e, quer saber, chorar não é tão ruim assim.